e começou as sbk 2014 com uma surpersa

por totta Dom 23 Fev 2014, 16:35

Foi mais um começo espetacular para o mais competitivo dos Campeonatos do Mundo: o Mundial de Superbike arrancou em Phillip Island, na Austrália, com um par de corridas muito bem disputado, bem como uma emocionante corrida de Supersport, que entou para a história do motociclismo. De facto, foi a primeira vitória da marca italiana numa corrida de Campeonato do Mundo desde 1976, quando Giacomo Agostini venceu o G.P. da Alemanha de 500 cc, em Nürburgring, aos comandos de uma MV Agusta.

O programa teve início com a 1ª manga de Superbike, com Sylvain Guintoli a sair da pole position e a assumir desde logo a liderança, acompanhado de perto pelo seu novo companheiro de equipa na Aprilia, Marco Melandri, e pela Ducati de Davide Giugliano. E foi este trio que se manteve no comando durante mais de metade das 22 voltas previstas, enquanto o Campeão do Mundo, Tom Sykes, rodava mais atrasado, entre o 7º e o 9º posto.

Entretanto, as Suzuki, que tinham sido a surpresa dos testes de pré-temporada, voltavam a mostrar-se, quando Eugene Laverty, que tinha estado a ganhar terreno, se chegou ao trio da frente. Quanto à outra GSX-R, de Alex Lowes, sofreu uma queda e abandonou, tal como aconteceu também a Toni Elías, Leon Haslam e Alessandro Andreozzi.

Laverty estava com um ritmo endiabrado, passando por Melandri à 13ª volta, por Giugliano duas voltas mais tarde e, após outras duas passagens, assume a liderança, ganhando de imeadiato terreno a Guintoli. Ninguém conseguiu parar o irlandês, que fez a Suzuki regressar aos triunfos após um longo jejum, e logo na sua estreia com a GSX-R. Entretanto, Melandri tinha recuperado o 2º posto, terminando na frente de Guintoli, Giugliano e Loriz Baz. Jonathan Rea, Tom Sykes, Chaz Davies, David Salom (o melhor da classe Evo) e Niccolò Canepa completaram o top 10.
Nota ainda para as prestações da estreantes MV Agusta, com Claudio Corti em 13º, e a EBR, que acabou por alinhar apenas com Aaron Yates (17º e último), pois Geff May, que tinha sido o mais rápido dos pilotos de Erik Buell durante os treinos, não pode alinhar após ter fraturado a clavícula na 3ª sessão livre. De fora tinham ficado também Luca Scassa, Michel Fabrizio e Sylvain Barrier, este ainda em consequência de lessões sofridas na semana anterior, nos testes, sendo que Barrier foi substituído na BMW Italia pelo campeão australiano Glen Allerton.

A segunda manga começou com sensivelmente os mesmo protagonistas na frente, com Guintoli na liderança, seguido de Baz, Melandri, Rea e Laverty, e poderia ter terminado sensivelmente da mesma maneira, pois Eugene Laverty ganhava terreno rapidamente, e à 8ª volta a Suzuki nº58 passava para a frente, na mesma volta em que Melandri saía em frente, perdendo muito terreno. Mas desta feita o irlandês não “fugiu”, pois Guintoli não perdeu o contacto e chegou mesmo a recuperar a liderança à 13ª passagem. No entanto, o golpe de teatro surgiu duas voltas depois, quando o motor da GSX-R de Laverty cedeu debaixo de uma nuvem de fumo. O irlandês encostou de imediato, mas tinha ficado óleo na pista, e na volta seguinte foi mostrada a bandeira vermelha, dando-se por terminada a corrida com os pilotos a receberem os pontos na íntegra, pois já haviam sido cumpridos dois terços da corrida.

Sylvain Guintoli venceu, e sai de Phillip Island no comando do campeonato, exatamente como havia acontecido há um ano, com os pilotos da Kawasaki, Baz e Sykes, a acompanharem-no ao pódio.

Entretanto, já havia tido lugar a primeira corrida de Superport do ano, plena de emoção e de incidentes. A corrida teria um epílogo bastante aceso, pois, após a Honda de Jack Kennedy ter deixado óleo na pista, a prova foi interrompida, sendo depois retomada para umas frenéticas cinco voltas ao sprint. À segunda destas voltas, os dois principais protagonistas até aí, Michael Van Der Mark e Kenan Sofuoglu caíram um após o outro, na mesma curva, e ficou um grupo de cinco “furiosos” a disputar a vitória: Florian Marino, Kev Coghlan, Raffaele de Rosa, Roberto Tamburini e Jules Cluzel. E foi este último que veio a vencer, colocando uma MV Agusta no topo do pódio histórico. Também aquina Supersport, um francês saía de Phillip Islando no comando do campeonato.

O Mundial de SBK terá agora um longo intervalo de mês e meio, regressando a 13 de abril em Aragón.

Classificações

SBK – 1ª manga
1. Eugene Laverty (Suzuki)
2. Marco Melandri (Aprilia)
3. Sylvain Guintoli (Aprilia)
4. Davide Giugliano (Ducati)
5. Loris Baz (Kawasaki)
6. Jonathan Rea (Honda)
7. Tom Sykes (Kawasaki)
8. Chaz Davies (Ducati)
9. David Salom (Kawasaki) Evo
10. Niccolò Canepa (Ducati) Evo

SBK – 2ª manga
1. Sylvain Guintoli (Aprilia)
2. Loris Baz (Kawasaki)
3. Tom Sykes (Kawasaki)
4. Davide Giugliano (Ducati)
5. Jonathan Rea (Honda)
6. Leon Haslam (Honda)
7. Chaz Davies (Ducati)
8. Marco Melandri (Aprilia)
9. Toni Elías (Aprilia)
10. David Salom (Kawasaki) Evo

Supersport
1. Jules Cluzel (MV Agusta)
2. Kevin Coghlan (Yamaha)
3. Raffaele de Rosa (Honda)
4. Florian Marino (Kawasaki)
5. Roberto Tamburini (Kawasaki)